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Segurança No Trânsito

VEÍCULOS E PASSAGEIROS

Uma característica fundamental da colisão é que esta acontece em um intervalo de tempo geralmente muito pequeno: em um ou dois décimos de segundo, uma batida pode provocar sérios danos. Especialmente no que concerne a esses danos, as colisões têm estreita ligação com a velocidade em que o veículo se encontra. Quando as velocidades são elevadas, o choque provoca um jogo de forças tão potentes que superam os valores limites de ruptura e integridade das partes envolvidas.

O organismo e os tecidos humanos resistem muito menos aos choques que os materiais com os quais são construídos os veículos. Os riscos para quem viaja ou para quem for atropelado por um veículo em alta velocidade são enormes. Em colisões de veículos com velocidade superior a 30 km/h, a cabeça do motorista pode bater contra o volante ainda que ele esteja usando o cinto de segurança. E você conhece alguém que ande normalmente a menos de 30 km/h?



Foz do Iguaçú, Brasil. Foto Flávia de Pádua Rivas

O físico Juliano Toraldo di Francia diz que o ser humano não interiorizou a sensação de perigo ligada à velocidade, porque não faz muito tempo que passamos a nos movimentar horizontalmente de forma rápida, utilizando meios de transportes velozes. Na linha do tempo, o ser humano sabe há mais de 100.000 anos o que quer dizer cair na vertical de uma árvore ou de um despenhadeiro, mas somente há menos de um século passou a experimentar a colisões horizontais a grandes velocidades contra obstáculos.